O Brasil vive em um momento crítico da sua história. Politicamente ninguém se entende, nem mesmo aqueles que se alian dentro do próprio governo para proporcionar a governabilidade. Temos um elevado número de ministérios, trinta e nove no total, que deve ser uns quarenta e poucos, pois algumas secretarias tIem status de ministério em virtude de pessoas que "comandam" essas secretarias. Um dia após a reeleição, acontece o que chamamos de ato comprobatório de fraude eleitoreira que, se na esfera da justiça comum, seria, no mínimo crime de propaganda enganosa. estelionato, e por aí afora... A taxa de juros aumentam, o petróleo tem aumento de preços, que comprometem outros aumentos que vIem de "carona". Sabe-se que a situação econômico-financeira do País é calamitosa, a inflação galopante opera sobre a carestia do povo, os empregos rareiam ou os salários ficam achatados, os investidores estrangeiros e nacionais ficam receosos face a instabilidade jurídica, ou seja, o que vale agora, na assinatura do contrato, não quer dizer exatamente que será cumprido regiamente, mas ao léu das deliberações das "comissões" parlamentares que se reúnem e votam para boicotar contratos com alterações de cláusulas exdrúxulas, porém quase imperceptíveis aos olhares de leigos. Hoje, transcorridos nem vinte dias da reeleição, nem sabemos quem irá comandar a economia nos próximos anos, tampouco sabemos como se desenrolará o escândalo da corrupção dentro da Petrobrás, ou se haverá realmente um Impeachment, ou se as eleições, que foram realmente fraudadas e se reunirem as provas, conseguirá confirmar o resultado, se houve qualquer ato de inconstitucionalidade na campanha de algum partido político, por se alinhar a organizações internacionais ou outro motivo qualquer. Nunca tivemos tão baixa cultura neste país e a quebra da coluna vertebral do valores ameaçados por um pensamento antiquado, falido comprovadamente pelo mundo afora, onde tentou se instalar e genocida, diga-se de passagem. Quanto pior melhor. Esse lema parece incorporar no pensamento daqueles que querem abolir a Democracia, pois são fracos e não têm forças para sobrepor ou conviver com pensamentos diversos aos seus. Os comentários se estenderiam por muitas p´ginas, nas ficamos no campo tangível da nossa percepção, pois no subliminar, uma nova cultura ou descultura se construiria ou descontruiria por simples relatos de observações. Vivemos uma crise de valores e essa é que mais assusta a qualquer cidadão sensato que teve sempre como lema a ordem e o progresso, alicerçados na família, a célula máter da sociedade. Criaram-se diversos Deuses e assassinaram ou tentam, outros. Estamos num momento de cultura acéfala, de direcionamento através de uma bússola desimantadam desorientada. Os padrões de comportamentos cada vez mais confusos, uma verdadeira torre de babel fadada ao identico final de Sodoma e Gomorra, passagens da história dos séculos idos. Será que foi assim que as civilizações chamadas de Grandes Civilizações simplesmente desapareceram do planeta? Vejo muitas perspectivas pela frente que não tem como acreditar que chegamos ao auge do nosso desenvolvimento, mas por outro lado, vejo que estamos não muito distantes do auge da nossa idiotice, o que candidata a humanidade ao mesmo fim das civilizações antigas. ...Ou será que foi exatamente por isso que elas ruiram ?. Esta é uma visão que podemos ter do Brasil, mas mundo afora não muda muito não, com raríssimas excessões. O que ora trata-se de um relato de um ponto de vista, reza-se para que não se transforme em uma profecia realizada, pelo ao menos eu o faço, diariamente, com toda a minha fé. O importante é saber que lutamos contra o que fere a natureza humana, contra os parâmetros que ordenam e os que obedecem, simplesmente para manter o poder pelo poder, independentemente dos meios e a quem possa ser excluído à vida, caso se oponha ou divirja nas idéias ou ideais. Sonhamos com uma força capaz de derrotar o que vemos hoje como o mal. Sonhamos.
15 de novembro, dia da Proclamação da República do Brasil